samedi 24 avril 2010

Soledad

O mundo já não existe, ouço Soledad de Astor Piazzolla. O mundo lá fora agora é uma imensidão de nada, todas as coisas se misturam, embaçam na minha vista. Quem me diz que aquele mundo existe? As cores... que cores? O que permanecem são os movimentos, e eu danço com eles. Soledad... Esse é o mundo. Aumentem o volume! Eu quero ver. Movimentem-se! Eu quero sentir. E se você me abraça na posição fetal, eu pulo da janela e vou tateando, rastejando até sentir cheiros estranhos e conhecidos do lixo, do sangue.

As flores estão perto, meus deus, eu posso ver algumas cores. Soledad ainda soa, mas agora com um ar fantasioso e feliz. Como uma criança que brinca e descobre, ai deus, ela pode mesmo reunir todos os elefantes para um ato em favor da revolução das cidades que se encontram sem elefantes.

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